Diário Vermelho

Porto, 26 de Dezembro 2012

A Moeda da Vulnerabilidade

“Pobre Capuchinha é tão vulnerável!”

Sabem quantas vezes já tive de ouvir isto!?! Já lhe perdi a conta.

Dizem que foi a minha vulnerabilidade que fez com que lobo me engana-se e me come-se… por isso supostamente tenho de ter medo do Lobo e da minha Vulnerabilidade…

Sabem o que vos digo, vão dar uma volta para refrescar as vossas ideias pois é o conselho mais despropositado que já ouvi!
Ter medo da minha vulnerabilidade é ter medo de VIVER… de viver plenamente, com prazer, com liberdade e eu não tenho medo de viver por isso aceito e dou espaço a minha vulnerabilidade, é verdade que ser vulnerável é ser susceptível a ser “comida” por “lobos” mas quando aceito ser susceptível de ser ferida também ganho a capacidade de intuir o perigo e de procurar os meios necessários para lhe fazer frente e pedir aquilo que necessito em cada momento… o problema da vulnerabilidade é que como mulheres só nos ensinaram uma cara da moeda da vulnerabilidade (a frágil) e muitas vezes crescemos sem saber que existe uma outra cara a da resiliência, assim como também só nos apresentam uma face do Lobo a feroz e matreira para que sinta-mos medo dele e nunca corramos com ele e assim nunca conhecer (e identificar-nos) com a outra face do Lobo, a instintiva e selvagem.
Lady Orlando

Quando vemos só um lado da moeda da vulnerabilidade tornamo-nos passivas e precisamos de caçadores que nos salvem mas quando sabemos que a moeda tem sempre duas caras tornamo-nos activas e sentimo-nos seguras, merecedoras, fortes responsáveis pela nossa própria vida, pela nossa própria felicidade. Desejando escolher por nós mesmas o nosso caminho e correr com os Lobos. 

                                                                                                        8º dia: Entrando na fase pré-ovulatória

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